segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Crianças e escolas! e TAZ?

As Crianças são parte dos humanos que devem ir para escola nesse tempo em que são “crianças”. Porque para um Estado (este termo utilizado serve apenas como um exemplo de governo) o exercício da criança na escola é fundamental para que a engrenagem trabalhe bem, ajudando no desenvolvimento braçal. Isto significa que a criança não vai à escola para aprender e desenvolver um conhecimento de fato, mas, sim para “copiar lição”, o que denota uma atividade voltada ao trabalho sentado. Alguém poderia dizer: “Isto depende do professor e da escola!”. Sim, depende, porém se o estado trabalho com números e estes nesse momento nos são favoráveis. Porque mais de 80% das escolas publicas ainda trabalham com o método de lição na lousa ainda em 2010 e futuramente 2011, tanto é que as lousas, carteiras, salas quadradas e escola com arquitetura moderna de campos de concentração ainda existem. Porque tudo isso? 
Nos parece que o Estado da esta função à escola concentrando um numero inestimável de crianças sem dar trabalho na rua ou criando qualquer tipo de confusão. De primeiro trabalho na vida de uma criança, pra ir se acostumando a viver num Estado e não em uma cidade de que você constrói em conjunto. Vamos acompanhar o pensamento; Uma criança que não vai à escola para ficar na rua, brincando ou fazendo outras atividades, entende melhor como um espaço(social) funciona. Ir ao bar comprar um doce. Ela já vai entendendo como funciona o capital e quem tem mais condições de comprar mais doces. Visualizando as coisas acontecerem na prática lhe da mais entendimento de como uma ação funciona e quais resultados trará na prática e na vivência. Parece na pior das hipóteses um conhecimento rico socialmente falando. Uma criança que desobedece a lei de ir à escola, será tachada de mal educada e possível delinquente, o que facilmente poderá acarretar uma ida da mesma a uma Fundação Casa, onde temos uma escola um pouco, digamos violenta e rígida, para formar um bandido e dali na idade adulta dar motivos para o Estado eliminar este humano de sua jurisdição. Portanto “parece” que a escola é o primeiro trabalho, e que alguém que não vá à escola, vive a vida na pratica de fato e aprende a viver em conjunto desenvolvendo autonomia (não podemos aqui confundir autonomia com individualismo), o que pra escola e para o Estado pode ser um tanto quanto perigoso alguém com liberdade de pensamento e de ações e reações. Por isso ainda temos a lousa. Sim, alguém vai perguntar; mas e as tais pedagogias discutidas em congressos com a venda da idéia de que a escola pelo Estado estuda insiste em novas pedagogias do amor, e outras tais... A teoria é bem bonita, mas, sabemos também que existe  só a idéia, porque na pratica existe a lousa e tudo que há “subsegue”. O Estado coopta funcionários (digo todos funcionários da área da educação) com Bônus de desempenhos e provões, porque a folha salarial não condiz naturalmente com a realidade e todos nós acabamos subordinados a estas situações. Enquanto isso o progresso do aluno segue-se nas estatísticas aumentando pela chantagem econômica muito bem desenvolvida pelo Sistema assim como diz um personagem de um filme do Wood Allen: “No papel nós somos perfeitos, mas a vida não é de papel”
Se realmente a preocupação fosse com o Ensino, qual deveria ser o melhor salário? Do professor Universitário ou do Ensino Básico?  Vamos fazer um brincadeira um pouco e pensar naquele ditado da casa. É melhor se ter uma estrutura (base) de pedra ou de areia? Qual deveria ser o melhor investimento? Um professor Universitário não tem um salário maior a toa, faz tudo parte do plano. Nem estamos aqui falando das precariedades de condições financeiras do professor do ensino Universitário, mas é só pra entender como um sistema “parece” funcionar. Não querendo alongar tanto, mas, quantos dos professores universitários já lecionaram de fato na educação básica para preparar os possíveis docentes para o ensino infantil e fundamental ou mesmo ensino médio? Eles teriam condições plenas de dizer o que fazer um professor iniciante se os mesmos nunca passaram por lá? Entendemos que esta distancia das universidades com o ensino básico é proposital e eficaz para que o Estado  mantenha o controle sobre as crianças. Não parece a toa que Michel Focault tenha escrito “Vigiar e Punir” e ter dado aula na educação básica para depois dar aula em universidade. Hoje o mesmo não é aceito plenamente na maioria das academias como autor a ser estudado. Talvez tenha de fato aberto alguma ferida de alguém ou algo muito maior.
Como travar uma engrenagem? Colocando um pedaço de madeira bem no meio dela, mas com o tempo este pedaço quebra. Daí precisamos colocar outro no lugar, em outro dia e outra hora. Então parece que conseguimos, assim parar momentaneamente uma engrenagem em tempos diversos, porém não por completo. A engrenagem esta ligada no automático há muito tempo. Deste modo podemos ter hoje uma zona autônoma temporária (TAZ) na escola, onde o sistema não pode evitar nossa micro ação que deve ser pontual, e só assim, para posteriormente atingirmos uma macro ação como um “Vírus Assange” que pode se estender e “globarbarizar” a própria “globarbarização”.


2 comentários:

Anônimo disse...

Vida longa a taz! ótimo texto. Reflexão pertinente e necessária.

Arteiro disse...

Interessante. Esse negócio de taz é bem louco. Curti

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